Yoga é Poesia

Manter o ritual da minha prática yoga tem me mostrado as minhas diversas versões, e os diferentes ângulos de situações que muitas vezes se repetem. Me faz buscar com amorosidade um novo olhar para mim, para vida, e para o outro. Me faz presente. Me torna vulnerável.  E a fotografia também me faz sentir tudo isso. Ao fotografar, estou no momento presente, vulnerável diante do fotografado, do cenário, e de mim mesma.  

 

Ao longo desses anos de prática, eu passei a observar os diferentes tipos de corpos e conhecer as histórias que acompanham cada praticante que se propõem a viver uma vida de yoga. Foi aí que resolvi contar por meio da fotografia tudo o que via e sentia quando estava em um shala, um aulão, workshop, retiro ou praticando sozinha em casa. Tive sorte de encontrar pessoas incríveis que me ajudaram e incentivaram a ser fotógrafa.
 

A minha intenção ao fotografar praticantes e professores é registrar o fluir da prática. É contar por meio de imagens o yoga real, que expande e acolhe o ser em cada movimento, que escreve poemas com as formas do corpo e da respiração. Mostrar a poesia e desenhos que o corpo cria durante a prática.
 

Meu objetivo é mostrar diferentes práticas. O yoga que não é sobre colocar o pé na cabeça, mas sobre sentir, olhar para si e para o outro com amor, presença, respeito, colaboração e acolhimento. Minha intenção é compartilhar com imagens um pedaço da entrega de cada praticante, que pode retratar diferentes asanas (do sentar em lótus à uma invertida sob a cabeça), nos momentos de conforto e desconforto. Fotos que podem ter imperfeições aos nossos olhares críticos, sem um contexto harmônico, mas que mostram os diferentes yogas praticados por diferentes corpos.